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Agroecologia: um caminho para a sustentabilidade

A agroecologia vai muito além da simples produção de alimentos orgânicos e livres de insumos químicos. Ela se configura como um movimento social, uma prática agrícola, uma ciência e uma forma de vida. É por isso que a agroecologia e a sustentabilidade são práticas essenciais, que não podem ser desvinculadas.

No Dia Nacional da Agroecologia, vamos explorar como essa abordagem inovadora representa um caminho para um futuro sustentável.

Como a agroecologia contribui para a sustentabilidade?

Em 2018, especialistas da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) afirmaram que a agroecologia é essencial para garantir o futuro da humanidade, preservar o planeta e assegurar a alimentação saudável para todos.

Em resposta ao modelo agrícola industrial hegemônico, que prioriza a produção intensiva e o uso excessivo de insumos químicos, a agroecologia propõe novas formas de produção agrícola.

Ela valoriza práticas indígenas, camponesas, familiares, quilombolas e comunitárias, reconhecendo também a importância das mulheres e suas contribuições para a agricultura.

Baseando-se em conhecimentos ancestrais e respeitando a terra, a agroecologia integra saberes científicos para compreender as inter-relações entre agroecossistemas e processos históricos, promovendo a defesa da vida.

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Princípios da agroecologia

Guiada pelos princípios da Soberania Alimentar e da promoção de alimentos saudáveis, a agroecologia também se configura como uma ferramenta de justiça social e ambiental. Ela defende a redistribuição de terras — uma questão urgente no Brasil — e busca garantir o acesso à água, sementes e a um ambiente saudável.

A agroecologia é o único caminho viável para enfrentar a crise climática. Por isso, agroecologia e sustentabilidade andam tão próximos. A primeira torna os territórios mais resilientes, excluindo fertilizantes químicos e agrotóxicos, ao mesmo tempo em que preserva a sociobiodiversidade e a biodiversidade.

Como destaca Ana Maria Primavesi, engenheira agrônoma pioneira em agroecologia no Brasil:

ana maria primavesi

“Terra não é fonte de lucro, nem dádiva social, nem objeto de especulação ou modalidade de poupança. Terra é a base vital da humanidade… Diz-se que alimentação é um direito humano, mas não significa a posse de terra com a agricultura terceirizada produzindo mercadorias exportáveis.”

A Agroecologia além da agricultura

Além de repensar o modelo agrícola industrial, a agroecologia é uma ferramenta de justiça e transformação social. Assim, ela prioriza questões como reforma agrária, combate à violência de gênero, racismo e lgbtfobia, promovendo relações justas e equitativas.

A prática agroecológica está intimamente ligada ao enfrentamento da opressão e exploração em suas diversas formas, e busca construir uma sociedade que respeite o protagonismo feminino, jovem, negro, indígena e LGBT.

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