Associação quilombo kalunga

A Associação Quilombo Kalunga (AQK) desempenha um papel crucial na preservação e promoção dos interesses do povo Kalunga, o maior território de quilombo do Brasil, localizado no Sítio Histórico e Patrimônio Cultural Kalunga. Fundada por moradores dessa comunidade, a AQK se dedica ao desenvolvimento econômico, social e cultural, bem como à conservação do meio ambiente e ao uso sustentável dos recursos naturais. A associação é um pilar essencial na luta pela preservação das tradições culturais e pela melhoria da qualidade de vida dos Kalungas.

Objetivo geral

O objetivo central da AQK é a implementação da melhoria e consolidação da gestão ambiental e territorial do Sítio Histórico Kalunga. Utilizando o Sistema de Informações Geográficas (SIG) como ferramenta principal, a associação busca garantir o uso sustentável dos recursos naturais, reduzir as ameaças à biodiversidade e, assim, proporcionar uma melhor qualidade de vida para os moradores atuais e para as futuras gerações.

Iniciativas e Ações da AQK

1. Caracterização e aproveitamento do território

Uma das principais ações da AQK é a caracterização geológica, geomorfológica e pedológica das terras Kalungas, além do levantamento da cobertura e uso do solo e da aptidão agrícola. Esse estudo detalhado visa subsidiar um melhor aproveitamento das potencialidades do território, permitindo que a comunidade faça uso dos recursos de forma eficiente e sustentável.

2. Desenvolvimento de um Sistema de Informações Geográficas (SIG)

A criação de um Sistema de Informações Geográficas participativo é outro ponto de destaque no trabalho da associação. Este sistema é implantado em estações de trabalho equipadas com softwares de geoprocessamento e conectados aos principais bancos de dados via internet. Com essa infraestrutura, a AQK garante uma gestão territorial permanente e eficiente, permitindo monitorar e gerenciar os recursos de maneira sustentável.

3. Monitoramento territorial e capacitação

Para fortalecer a gestão territorial, a AQK equipa as associações locais com estações de monitoramento que incluem computadores, GPS de navegação e imagens de satélite. Além disso, a associação fornece treinamento e capacitação para os membros indicados pela comunidade, fortalecendo assim as organizações representativas do quilombo Kalunga.

4. Desenvolvimento do turismo sustentável

A identificação de atrativos turísticos e a definição de roteiros sustentáveis são ações estratégicas para aumentar o rendimento das famílias Kalungas e promover a sustentabilidade ambiental. Com o turismo sendo uma fonte importante de renda, a AQK trabalha para assegurar que as práticas sejam sustentáveis e respeitem o meio ambiente e a cultura local.

5. Conscientização ambiental

A conscientização da população quanto à importância da preservação ambiental é uma prioridade para a AQK. A associação realiza campanhas educativas contra a pesca predatória, o desmatamento e as queimadas indiscriminadas, práticas que ameaçam a biodiversidade e a sustentabilidade do território Kalunga.


A Associação Quilombo Kalunga (AQK) é mais do que uma organização; é a força motriz por trás da preservação cultural, do desenvolvimento sustentável e da melhoria da qualidade de vida no maior território quilombola do Brasil. Através de iniciativas estratégicas e uma abordagem participativa, a AQK continua a proteger e valorizar o legado do povo Kalunga, garantindo que suas tradições e seu meio ambiente sejam preservados para as futuras gerações.

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Público do PDHC

• + 54 mil famílias beneficiárias, + 16 mil com fomento rural;
• 913 municípios de 11 Estados;
• 65% são mulheres.

Diagnóstico Inicial

• 41% extrema pobreza;
• 38% com insegurança alimentar;
• Vulnerabilidade à seca;

4374

pesquisa em famílias

28

indicadores avaliados

913

beneficiadas pelas ações

54.048

famílias foram atendidas com Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola e do Ministério da Agricultura, Pesca e Abastecimento, por meio de ações de assistência técnica rural. 

225.556

pessoas foram alcançadas diretamente por meio do apoio de 1.675 técnicos envolvidos diretamente e indiretamente.

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logo ministerio do desenvolvimento social

14.395 famílias

foram contempladas com recursos não reembolsáveis do Fomento às Atividades Produtivas Rurais, um programa vinculado ao Plano Brasil Sem Miséria e coordenado pelo Ministério da Cidadania.

02 parcelas anuais de R$1.200,00 cada.

A Universidade de Brasília, através do Centro de Gestão e Inovação da Agricultura Familiar, atuou na implementação, monitoramento e avaliação do Projeto Dom Helder Câmara.

fotoss dom helder camara tecnicos e projeto

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Produtos da Universidade de Brasília sobre o projeto Dom Helder Câmara

Avaliação de Impacto

A partir da amostra de uma amostra de 4.374 famílias, entre beneficiários do PDHC e não beneficiários (grupo controle), foram analisados 28 indicadores para medir o impacto do Projeto Dom Helder Câmara. Acesse o estudo completo realizado pela Universidade de Brasília e veja os resultados detalhados do projeto.

Monitora Online

O Monitora Online teve o objetivo de suprir importantes informações do Marco Lógico do PDHC. No entanto, a realização de entrevistas presenciais foi considerada perigosa, em um momento crítico da pandemia de Covid-19. Para não expor as famílias nem os agentes de campo, a Universidade de Brasília realizou, entre os dias 23/11/20 e 05/01/21 uma pesquisa online com 5.107 famílias.

Contendo 34 perguntas, o material foi inserido dentro da plataforma SurveyMonkey e encaminhado aos agricultores por meio de redes de contato, principalmente via grupos de WhatsApp. O questionário foi enviado para empresas públicas e privadas de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater). Cada técnico foi responsável por encaminhar o questionário aos beneficiários que recebem atendimentos.

Impacto da Renda Agropecuária Total

dom helder camara gráficos resultados

Enquanto beneficiários de Ater (BG) apresentaram renda agropecuária total 16,3% maior em relação ao seu grupo controle (CG), os beneficiários de Ater e Fomento (BF) apresentaram renda agropecuária total 30,2% superior em relação ao respectivo grupo controle (CF).

Impacto na Partição de Mulheres e Jovens

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O índice de participação de mulheres e jovens foi 27,1% maior para beneficiários de Ater (BG) do que em relação ao grupo controle (CG). Para os beneficiários de Ater e Fomento (BF), o índice foi 30,7% superior em relação ao respectivo

Impacto no Acesso
à Políticas Agrárias

dom helder camara gráficos resultados

Enquanto beneficiários de Ater (BG) apresentaram índice de acesso a políticas agrárias 16,3% maior em relação ao seu grupo controle (CG), os beneficiários de Ater e Fomento (BF) apresentaram um aumento de 30,2% superior em relação ao respectivo grupo controle (CF).

Protagonismo

A assistência técnica, para além dos resultados em ganhos produtivos e econômicos, garantiu empoderamento aos agricultores e agricultoras, que passaram a carregar a identidade com orgulho.

Assista e compartilhe o depoimento de Dona Alcione

54.048

famílias

haviam sido beneficiados com Assistência Técnica continuada, no final de 2022.

78%

delas relataram melhorias no consumo alimentar

81%

relataram aumento na diversificação produtiva

Mulheres

28,4%

no aumento no empoderamento de mulheres que receberam Ater

33,8%

no aumento no empoderamento de mulheres que receberam Ater e Fomento

Conheça as
experiências

Gênero, ater e segurança alimentar

Graças à combinação da assistência técnica, fomento produtivo, redes colaborativas de conhecimento e intervenções inovadoras sobre processos produtivos, mercados e práticas gerenciais, a inclusão produtiva das mulheres das comunidades atendidas foi um dos marcos do PDHC. Em um curto período de tempo, elas aprenderam a se inserir nos mercados e a reconhecer a importância da função central que desempenham na nutrição, segurança alimentar e na geração de renda de suas famílias.

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Jovens e território de aprendizagem

Garantir a inclusão produtiva de agricultores e agricultoras familiares significa também fertilizar o solo para promover a sucessão rural.

Através de inovações tecnológicas e um circuito de comércio justo, o campo começa a se tornar um espaço mais atraente para os jovens, evitando assim o êxodo para os centros urbanos.

Em parceria com o PDHC, a Procasur e a Semear Internacional, o projeto Territórios de Aprendizagem desenvolveu estratégias para aumentar o empoderamento dos jovens no Semiárido.

Segundo a avaliação de impacto, o projeto proporcionou um aumento de 22,2% no empoderamento dos jovens.

A pobreza rural

A pobreza atinge mais de 43% da população rural (PNAD, 2020). Longe dos centros urbanos, estas famílias sofrem isoladas, muitas vezes invisíveis aos olhos da sociedade.

O caminho para a superação da pobreza rural envolve reconhecer a gravidade desta situação, e passar para ações concretas de inclusão social e produtiva, aproveitando seu potencial na preservação ambiental e na garantia da segurança alimentar local.

Para lograr êxito, as políticas públicas devem apoiar estas populações de forma continua, ultrapassando os limites de mandatos, de forma a propiciar ciclos virtuosos de crescimento e renda.

Ater e fomento produtivo rural

A associação da assistência técnica ao fomento produtivo se revelou uma estratégia assertiva e eficaz no combate à pobreza rural, como demonstrou a maior parte dos indicadores analisados na Avaliação de Impacto.

Com a estruturação produtiva, os agricultores e agricultoras potencializam seus ganhos por meio do reinvestimento dos recursos e da diversificação produtiva, com o acompanhamento da assistência técnica.

Ouça de Dona Rosimeire e Dona Djanira como a Assistência Técnica e os recursos do Fomento fizeram florescer e frutificar não apenas o ambiente ao redor, mas também sua autoestima.

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Abordagem multidimensional

As evidências do Projeto Monitora indicam que o PDHC II alcançou o objetivo de reduzir a pobreza no Semiárido brasileiro. Um dos acertos na formulação do PDHC II foi abordar a pobreza rural e os processos de inclusão produtiva e social de maneira multidimensional.

O desafio de vencer a pobreza no campo e as desigualdades continua, e abordar esse desafio de maneira sistêmica é mais necessário que nunca. As crises institucional e política pela que passou o Brasil nos últimos anos e a pandemia de Covid-19 aprofundaram os índices de pobreza, desigualdade e fome no Brasil.

A Assessoria Técnica para as famílias rurais pobres e extremamente pobres deverá vir acompanhada de maneira concomitante de outro grupo de instrumentos de política pública que combinem a geração de capacidades com a oferta de infraestruturas produtivas, acesso a serviços básicos e dinamização de mercados, além dos serviços agropecuários.

Resultados e
lições aprendidas

Valorize a universidade pública.


Conheça a Universidade de Brasília e a Faculdade UnB Planaltina.

Trabalhos acadêmicos

Veja nosso vídeo com os principais resultados alcançados pelo projeto.

Parceiros

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Homenagem ao amigo “Zumbi”