projeto LETRAMENTO DIGITAL

O meio digital e o desenvolvimento social e agrário

A internet é, atualmente, um serviço essencial, por meio dela é garantido ou facilitado o exercício da cidadania. Entretanto, mais de 7,3 milhões de domicílios brasileiros ainda estão sem acesso à rede. A inclusão digital não é somente sobre tecnologia, mas também sobre informação, direitos e cidadania!

A tecnologia pode ajudar na evolução econômica e social de um povo ou região. As áreas rurais precisam de uma atenção especial nesse processo de inclusão digital principalmente pela exclusão desse grupo no acesso à serviços e políticas públicas, devido a sua localização geográfica, falta de recursos e infraestrutura.

O projeto do CEGAFI

Pensando nisso, O CEGAFI desenvolveu um projeto que busca desenvolver uma infraestrutura de aprendizado, qualificação e experimentação para criar e operar plataformas de serviços e processos integrados de informações digitais, controladas e geridas por entidades comunitárias e organizações produtivas locais, com a implementação da gamificação.

O Letramento Digital pretende fortalecer uma iniciativa piloto do sistema de informações da produção orgânica do MAPA, a partir do escopo dos lotes 7/8 (estado de RN) e realizar a avaliação de impacto da respectiva chamada de Ater. Com o objetivo de fortalecer capacidades e oferecer suporte em TICs no monitoramento da produção orgânica e apoiar a tomada de decisão em políticas públicas.

Alcance do Projeto

Foram escolhidos 5 assentamentos em 5 municípios em dois Estados: Goiás, Minas Gerais e o Distrito Federal.

  • Buritis (MG) – Mãe das Conquistas
  • Formosa (GO) – Dom Tomás Balduíno
  • Cavalcante (GO) – Comunidade Quilombola
  • Alto Paraíso de Goiás (GO)- Silvio Rodrigues
  • Planaltina (DF) – Oziel Alves

O público-alvo são grupos de jovens nucleados por territórios na região da RIDE DF

Funcionamento

Inicialmente, cada assentamento escolhido terá um grupo de 7 Jovens Agentes, os quais serão guiados por um orientador. O projeto será dividido em 3 fases, durante as quais os Jovens Agentes terão que cumprir uma série de missões.

1ª Fase
Jornada Digital

2ª Fase
Jornada de Cidadania

3ª Fase
Jornada de Cartografia

Para a realização das missões de cada fase, foi desenvolvido um Plano de Atividades abrangendo tanto o Orientador quanto os Jovens Agentes, adotando a metodologia ativa. Nessa abordagem, os Jovens Agentes estudarão as missões com base em situações-problema. Em todas as missões, os Jovens Agentes receberão um material de apoio para auxiliá-los na execução das missões.

Mecânicas do Jogo:

Pontos por
experiência (EXP)

Pontos de progressão adquiridos ao cumprir uma missão.

Moedas
Cegafianitos ($)

Moeda de troca para aquisição de produtos e vantagens dentro do jogo

missões

Atividade a ser desempenhada

JORNADAS

Conjunto de missões de uma mesma temática

Pontos de vida

Índice de não cumprimento de missões (Ao zerar o contador o aluno poderá ser dispensado do programa);

Nível

Índice de desempenho pessoal nas missões

Profissão

Especialização do jovem agente, concedendo bônus e objetivos extras dentro das missões

FEIRA

Especialização do jovem agente, concedendo bônus e objetivos extras dentro das missões

Pontos de Desenvolvimento
Territorial

Pontos de Desenvolvimento Territorial

Meta de Desenvolvimento
Territorial

Índice de desempenho global das missões

 

Sistema de Recompensas:

Por desempenho:

(1) Todos os Jovens Agente irão receber a bolsa durante o processo de formação;

(3) Todos os Jovens Agentes irão receber o direito de uso de um smartphone ao completar a primeira jornada;

(3) Ao atingir o nível 10 e caso a meta de Desenvolvimento Territorial seja atingida, o Jovem Agente irá ganhar o smartphone utilizado ao longo do projeto.

Feira Virtual:

(1) Poção de vida (Restaura pontos de vida);

(2) Dispensa de coleta (Dia de folga);

(3) Vouchers (Netflix, Spotify, Crédito de Celular e outros).

fotoss dom helder camara fazenda terras

14.395

famílias

foram contempladas com recursos não reembolsáveis do Fomento às Atividades Produtivas Rurais, um programa vinculado ao Plano Brasil Sem Miséria e coordenado pelo Ministério da Cidadania.

02 parcelas

anuais

R$1.200

cada

logo ministerio do desenvolvimento social

A Universidade de Brasília, através do Centro de Gestão e Inovação da Agricultura Familiar, atuou na implementação, monitoramento e avaliação do Projeto Dom Helder Câmara.

fotoss dom helder camara tecnicos e projeto

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Produtos da Universidade de Brasília sobre o projeto Dom Helder Câmara

Avaliação de Impacto

A partir da amostra de uma amostra de 4.374 famílias, entre beneficiários do PDHC e não beneficiários (grupo controle), foram analisados 28 indicadores para medir o impacto do Projeto Dom Helder Câmara. Acesse o estudo completo realizado pela Universidade de Brasília e veja os resultados detalhados do projeto.

Monitora Online

O Monitora Online teve o objetivo de suprir importantes informações do Marco Lógico do PDHC. No entanto, a realização de entrevistas presenciais foi considerada perigosa, em um momento crítico da pandemia de Covid-19. Para não expor as famílias nem os agentes de campo, a Universidade de Brasília realizou, entre os dias 23/11/20 e 05/01/21 uma pesquisa online com 5.107 famílias.

Contendo 34 perguntas, o material foi inserido dentro da plataforma SurveyMonkey e encaminhado aos agricultores por meio de redes de contato, principalmente via grupos de WhatsApp. O questionário foi enviado para empresas públicas e privadas de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater). Cada técnico foi responsável por encaminhar o questionário aos beneficiários que recebem atendimentos.

Impacto da Renda Agropecuária Total

dom helder camara gráficos resultados

Enquanto beneficiários de Ater (BG) apresentaram renda agropecuária total 16,3% maior em relação ao seu grupo controle (CG), os beneficiários de Ater e Fomento (BF) apresentaram renda agropecuária total 30,2% superior em relação ao respectivo grupo controle (CF).

Impacto na Partição de Mulheres e Jovens

dom helder camara gráficos resultados

O índice de participação de mulheres e jovens foi 27,1% maior para beneficiários de Ater (BG) do que em relação ao grupo controle (CG). Para os beneficiários de Ater e Fomento (BF), o índice foi 30,7% superior em relação ao respectivo

Impacto no Acesso
à Políticas Agrárias

dom helder camara gráficos resultados

Enquanto beneficiários de Ater (BG) apresentaram índice de acesso a políticas agrárias 16,3% maior em relação ao seu grupo controle (CG), os beneficiários de Ater e Fomento (BF) apresentaram um aumento de 30,2% superior em relação ao respectivo grupo controle (CF).

Protagonismo

A assistência técnica, para além dos resultados em ganhos produtivos e econômicos, garantiu empoderamento aos agricultores e agricultoras, que passaram a carregar a identidade com orgulho.

Assista e compartilhe o depoimento de Dona Alcione

54.048

famílias

haviam sido beneficiados com Assistência Técnica continuada, no final de 2022.

78%

delas relataram melhorias no consumo alimentar

81%

relataram aumento na diversificação produtiva

Mulheres

28,4%

no aumento no empoderamento de mulheres que receberam Ater

33,8%

no aumento no empoderamento de mulheres que receberam Ater e Fomento

Conheça as
experiências

Gênero, ater e segurança alimentar

Graças à combinação da assistência técnica, fomento produtivo, redes colaborativas de conhecimento e intervenções inovadoras sobre processos produtivos, mercados e práticas gerenciais, a inclusão produtiva das mulheres das comunidades atendidas foi um dos marcos do PDHC. Em um curto período de tempo, elas aprenderam a se inserir nos mercados e a reconhecer a importância da função central que desempenham na nutrição, segurança alimentar e na geração de renda de suas famílias.

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Jovens e território de aprendizagem

Garantir a inclusão produtiva de agricultores e agricultoras familiares significa também fertilizar o solo para promover a sucessão rural.

Através de inovações tecnológicas e um circuito de comércio justo, o campo começa a se tornar um espaço mais atraente para os jovens, evitando assim o êxodo para os centros urbanos.

Em parceria com o PDHC, a Procasur e a Semear Internacional, o projeto Territórios de Aprendizagem desenvolveu estratégias para aumentar o empoderamento dos jovens no Semiárido.

Segundo a avaliação de impacto, o projeto proporcionou um aumento de 22,2% no empoderamento dos jovens.

A pobreza rural

A pobreza atinge mais de 43% da população rural (PNAD, 2020). Longe dos centros urbanos, estas famílias sofrem isoladas, muitas vezes invisíveis aos olhos da sociedade.

O caminho para a superação da pobreza rural envolve reconhecer a gravidade desta situação, e passar para ações concretas de inclusão social e produtiva, aproveitando seu potencial na preservação ambiental e na garantia da segurança alimentar local.

Para lograr êxito, as políticas públicas devem apoiar estas populações de forma continua, ultrapassando os limites de mandatos, de forma a propiciar ciclos virtuosos de crescimento e renda.

Ater e fomento produtivo rural

A associação da assistência técnica ao fomento produtivo se revelou uma estratégia assertiva e eficaz no combate à pobreza rural, como demonstrou a maior parte dos indicadores analisados na Avaliação de Impacto.

Com a estruturação produtiva, os agricultores e agricultoras potencializam seus ganhos por meio do reinvestimento dos recursos e da diversificação produtiva, com o acompanhamento da assistência técnica.

Ouça de Dona Rosimeire e Dona Djanira como a Assistência Técnica e os recursos do Fomento fizeram florescer e frutificar não apenas o ambiente ao redor, mas também sua autoestima.

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Abordagem multidimensional

As evidências do Projeto Monitora indicam que o PDHC II alcançou o objetivo de reduzir a pobreza no Semiárido brasileiro. Um dos acertos na formulação do PDHC II foi abordar a pobreza rural e os processos de inclusão produtiva e social de maneira multidimensional.

O desafio de vencer a pobreza no campo e as desigualdades continua, e abordar esse desafio de maneira sistêmica é mais necessário que nunca. As crises institucional e política pela que passou o Brasil nos últimos anos e a pandemia de Covid-19 aprofundaram os índices de pobreza, desigualdade e fome no Brasil.

A Assessoria Técnica para as famílias rurais pobres e extremamente pobres deverá vir acompanhada de maneira concomitante de outro grupo de instrumentos de política pública que combinem a geração de capacidades com a oferta de infraestruturas produtivas, acesso a serviços básicos e dinamização de mercados, além dos serviços agropecuários.

Resultados e
lições aprendidas

Valorize a universidade pública.


Conheça a Universidade de Brasília e a Faculdade UnB Planaltina.

Trabalhos acadêmicos

Veja nosso vídeo com os principais resultados alcançados pelo projeto.

Parceiros

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Homenagem ao amigo “Zumbi”